Por Eli Maciel*
Todo mundo conhece o jogo da velha. Não o jogo em si, apesar de imaginar que toda a população brasileira, pelo menos, também o conheça. Mas aqui estou falando daqueles tracinhos intercalados que vemos no teclado dos computadores, tablets, smartphones e até dos aparelhos de telefone mais antigos. Aquele que aparece na tecla abaixo do número 9. Estou falando do #. Todo mundo conhece como “jogo da velha”, mas o nome de batismo do símbolo é cerquilha.
CERQUILHA (#): aprendizado número 1 do dia.
No mundo virtual, a cerquilha – vamos chamá-la pelo nome correto neste texto – é bastante conhecida também como hashtag. Para ser uma hashtag, ela tem que estar acompanhada por uma palavra ou frase curta que identifica algum tema em debate nas redes sociais.
A primeira hashtag usada no universo online foi a #barcamp, tweetada por Chris Messina, em 23 de agosto de 2007. Por isso, a adesão do formato se popularizou no Twitter para depois se ramificar por todas as outras redes: Facebook, Instagram, Blogs, Pinterest, Google+.
Mas afinal, para que servem as hashtags de verdade?
A ideia principal não é somente fazer gracinhas (#FIKDIK, #OMG, #COMOFAS, #BEIJOMELIGA), mas sim criar uma espécie de hiperlink, que vai direcionar as buscas dos usuários a temas específicos.
Elas categorizam assuntos de uma forma fácil, agregam discussões e movimentos globais e aproximam usuários que também “marcaram” seus conteúdos postados com a mesma hashtag específica, facilitando assim o agrupamento de conteúdos diversos sobre o mesmo tema.
Desta forma, a busca por hashtags específicas nos encaminha a perfis – tanto pessoais quanto corporativos – que estejam citando o assunto. Faça um teste com algumas das hashtags mais populares nas redes sociais.
Para dar certo, temos que ter em mente que os espaços entre as palavras – no caso de uma palavra composta ou frase – não são identificados. No caso de uma palavra composta ou frase, esses espaços não são identificados. Escreva tudo junto. A acentuação fica por conta de cada um. Pode usar, pode deixar sem e pode ser em qualquer idioma!
#selfie;
#tbt;
#friends;
#eleições2018;
#gratidão;
#WPT;
#deontem;
#picoftheday;
#pracegover;
#pratodosverem.
Ao incluir uma hashtag em sua postagem, o conteúdo que você publicou será automaticamente incluído no universo de pesquisa do tema. #ficaadica
Como usar hashtags de forma funcional?
1 – Observe a ortografia. Palavras erradas não vão te levar para onde você realmente quer ir;
2 – Não escreva frases longas, colocando tudo junto de uma só vez. Use palavras chaves;
3 – Atente-se ao tema discutido – se a hashtag não for coerente, os resultados não serão efetivos;
4 – Tenha perfil público. Se o seu perfil é privado, pessoas que não são seguidoras não chegarão até você;
Importante saber!
Cada rede social explora o engajamento por meio das hashtags de maneira diferente. No Instagram, a média de uso por post é de cinco ou mais. O máximo que a rede permite são 30, e as temáticas são mais gerais, mais superficiais.
No Twitter, o uso é mais enxuto com caracteres limitados a cada postagem – média de duas ou três hashtags, num total de 280 caracteres. Os temas são mais relacionados a acontecimentos do momento, política, economia e inclusão. Com essa variação, faz sentido certas palavras-chave serem mais populares em um canal do que em outro.
Fique ligado! Em breve, mais novidades sobre o uso das hashtags para a acessibilidade digital.
*Eli Maciel é Coordenadora de Atendimento da Espiral.