O tempo, o DNA e o valor das pessoas

Por Odilon Gonçalves*

Comecei a trabalhar com a Simone Freire, diretora da Espiral, no dia 19 de outubro de 2004. Eu era estagiário de design em um departamento com 4 pessoas – contando com nós dois!

Lidávamos com os projetos e demandas gerais de uma forma bastante orgânica. Vendas, gestão, produção e controle de qualidade, sem falar da área financeira e administrativa, eram tocados por pessoas desse mesmo time, extravasando qualquer limite de multidisciplinaridade.

Não tínhamos contratos com duração anual.

O detalhamento dos escopos não era maior que uma lauda.

Os cronogramas não eram quilométricos e não dobravam o ano.

Não existiam books de projetos, reunião de imersão interna, kick-off com cliente, pesquisa de satisfação, análise de risco ou metodologia de briefing.

Não sabíamos muito bem quanto tempo demorava para se produzir um site de ponta a ponta.

Não existia Trello, Airtable, AceProject, Trading Works, ou qualquer outra ferramenta de gestão de atividades ou controle de fila.

Não tínhamos computadores com capacidade para renderizar 8 vídeos simultâneos ou equipamentos que nos permitissem cobrir, ao vivo, por uma rede social, um evento.

O trabalho era feito com muita raça, dedicação (olha o clichê…), vontade de crescer e gerar impacto (ok, chega de clichê!), além de uma característica muito importante: a valorização das pessoas que estavam com a gente.

(Quase) 14 anos depois, hoje como Espiral Interativa, somos 18. Conquistamos clientes importantes, seguimos entregando resultados relevantes, transformamos nosso modelo de negócio, adquirimos conhecimento e estrutura, formamos líderes e marcamos a vida de muita gente.

Apesar das mudanças, nosso DNA, hoje bem definido, continua o mesmo: valorizamos pessoas, construímos parcerias duradouras, provemos oportunidades, não abrimos mão do bom ambiente e nos envolvemos com causas (nossas e dos clientes).

Ah!, e aprendemos a direcionar nosso jeitão multidisciplinar de ser. =D

*Odilon é Gerente da Espiral.