Já ouviu falar do Programa 10.000 Mulheres? É uma iniciativa global do banco de investimentos Goldman Sachs e da Goldman Sachs Foundation que, desde 2008, proporciona educação em administração e gestão de negócios para mulheres empreendedoras de todo o mundo. O objetivo é ajudar a melhorar a qualidade da educação empresarial nos países em desenvolvimento.
O programa já beneficiou mais de dez mil mulheres empreendedoras em 43 países, incluindo Afeganistão, África do Sul, Brasil, China, Egito, Índia, Libéria, México, Nigéria, Peru, Quênia, Ruanda, Tanzânia e Turquia, por meio de uma rede de 90 escolas e organizações sem fins lucrativos. Mais de 30 das mais importantes escolas de negócios do mundo já participaram da iniciativa.
No Brasil, o programa é ministrado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), com mais de 400 horas de aulas sobre estratégia, finanças, marketing, recursos humanos, TI, negociação e liderança.
Simone Freire, diretora da Espiral, foi uma das 50 mulheres selecionadas pelo programa em 2015 e conta sobre a experiência:
Como surgiu a oportunidade para ingressar no 10.000 Mulheres?
Simone: Estou bastante envolvida com o universo do empoderamento feminino – um tema que não pode ser mais marginalizado pela sociedade. Li uma reportagem sobre o programa 10.000 Mulheres, criado pela Goldman Sachs Foundation com o objetivo de empoderar empreendedoras que, pelos critérios da entidade, apresentam um grande poder transformador da sociedade por meio do trabalho realizado por suas empresas. Me inscrevi e, para minha surpresa, passei nas quatro fases eliminatórias. O programa foi todo desenvolvido pelo Babson College, referência mundial em empreendedorismo, e ministrado no Brasil pela Fundação Getúlio Vargas. Foi bastante puxado, mas transformador para mim e para a agência.
De que forma o contato com outras mulheres empreendedoras e com o conteúdo do programa têm agregado na sua vida?
Simone: Somos um grupo de 50 mulheres bem diverso. E a diversidade é imprescindível para o nosso crescimento como indivíduos. Aprendemos umas com as outras nos aspectos de gestão, de liderança, de finanças. Lideramos empresas de vários portes, nos segmentos mais variados, o que tornou nosso convívio riquíssimo na troca de experiências. Compartilhamos o que deu certo, o que deu errado, nossos desafios, o que nos preocupa, o que nos torna únicas em cada uma de nossas empresas. E, claro, acabamos ficando muito próximas também pelo lado pessoal. Mulheres são unidas, não têm medo de se expor, de mostrar suas fragilidades, ao mesmo tempo em que vibramos com as conquistas e superações das nossas colegas. Foi uma experiência realmente transformadora para a minha vida profissional e pessoal.
E para a Espiral, quais são os principais ganhos com essa conquista?
Simone: Durante todo o programa, somos levadas a estruturar novas oportunidades de negócio, readequar nossa empresa para um crescimento sustentável em médio prazo, com base nos nossos diferenciais competitivos e no que ofertamos de melhor para nossos clientes. São aulas exaustivas de finanças, liderança, vendas, marketing, além de muita prática com base nos melhores cases de Babson. Sem dúvida, a Espiral ganhará muito com essa oportunidade que o universo me proporcionou.