Objetivo da plataforma é reaproveitar a energia gerada pelos reservatórios e baratear a produção em uma estrutura única
Desde 2014 o Brasil passa por uma crise hídrica que refletiu não apenas no abastecimento de água, como também no custo da produção de energia. O baixo nível dos reservatórios em todo o país nos levaram a recorrer à energia fóssil, que além de altamente poluente, é mais cara.
Em busca de fontes renováveis e mais limpas, o Ministério de Minas e Energia divulgou o projeto piloto da primeira Usina Solar Flutuante nacional. A inauguração ocorreu em 5 de março, na Hidrelétrica de Balbina em Presidente Figueiredo, no Amazonas.
Produzidos em Camaçari (BA), os flutuadores possuem placas fotovoltaicas capazes de gerar 1 megawatt (MW). A estimativa é que a plataforma seja capaz de gerar cinco vezes energia até outubro de 2017, o suficiente para abastecer 9 mil casas. Além disso, a produção e mão-de-obra amazonenses devem ser priorizadas nas etapas seguintes.
Embora já implementado em outros países, a iniciativa em solo nacional foi aplicada em lagos dos reservatórios dessas hidrelétricas, sendo portanto, o primeiro a aproveitar as sub-estações e linhas de transmissão das usinas já existentes.
Para sair do papel, o projeto divide a construção em duas etapas: a instalação de 1 MW, realizada no início do mês. Já a segunda, prevista ainda para 2016, estipula a instalação dos 4 MW restantes, em um prazo de até 36 meses. A finalização da pesquisa e implantação é o primeiro trimestre de 2017, no qual serão feitos testes e avaliações do projeto.
Fonte: Agência Brasil