Novo Acordo Ortográfico passa a ser obrigatório. Veja o que muda para os brasileiros.

Prevista para entrar em vigor em 2013, a obrigatoriedade do novo acordo havia sido adiada para 2016. Confira quais serão as mudanças para os brasileiros.

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As regras do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa passaram a ser obrigatórias a partir do dia 1º de janeiro de 2016. Inicialmente, a implementação estava prevista para 2013, mas o governo brasileiro adiou a medida para alinhar o cronograma com o de outros países de língua portuguesa e dar um prazo maior para que a população se adaptasse às mudanças.

O Acordo visa unificar as regras ortográficas em todos os países que têm a língua portuguesa como idioma oficial. Abaixo, você confere, resumidamente, quais serão as mudanças para nós, brasileiros:

  • Palavras terminadas em “ôo(s)” e verbos terminados em “êem” perdem o acento. Exemplos: voo, enjoo, creem, leem;
  • Vogal tônica do hiato formado com ditongo decrescente perde o acento agudo. Exemplos: feiura, Bocaiuva;
  • Ditongos abertos “éi” e “ói”, em paroxítonas, perdem acento agudo. Exemplos: ideia, assembleia, joia, heroico;
  • Algumas palavras homônimas perderam o acento diferencial. Exemplo: para (do verbo parar), pelo (substantivo), polo (substantivo);
  • O trema foi abolido. Exemplo: frequente, cinquenta, linguiça. A exceção fica com os derivados de nomes estrangeiros. Exemplo: Bündchen, Müller;
  • Palavras compostas com elemento de conexão perdem o hífen. Exemplos: dona de casa, mão de obra, dia a dia, passo a passo. No caso dos nomes de animais e plantas, o hífen permanece. Exemplo: mico-leão-dourado. Casos consagrados pelo uso também ainda têm o hífen. Exemplos: cor-de-rosa, pé-de-meia;
  • Palavras derivadas com prefixos dissílabos terminados em vogal: Possuem hífen se a palavra seguinte começar por “H” ou “vogal igual” à última do prefixo. Exemplos: anti-horário, micro-ondas, contra-ataque. Nos outros casos, não há hífen. Exemplos: antivírus, infraestrutura;
  • Se o segundo elemento das palavras com prefixos dissílabos terminados em vogal começar com “S” ou “R”, deve-se duplicar a letra. Exemplo: minissaia, autorretrato;
  • Não há hífen nas palavras derivadas com o prefixo “co-“. Exemplos: cofundador, coprodução. Se a primeira letra do segundo elemento começar com “R” ou “S”, dobra-se a letra. Exemplo: corresponsável;
  • Palavras formadas com o advérbio “não” ficam separadas sem hífen. Exemplos: não fumante, não governamental.

Confira um infográfico sobre as novas regras clicando na fonte abaixo.

Fonte: UOL Educação