As mudanças constantes de algoritmo do Facebook e do Instagram têm causado muita insatisfação nos usuários.
Em meio aos anúncios de páginas que dominam as linhas do tempo pessoais, surge uma nova promessa: o aplicativo Vero, disponível para iOS e Android.
A rede social veio com o intuito de romper as bolhas da internet. Sem algorítimos, sem publicidades, com publicações feitas em uma linha do tempo pessoal. Nela, os usuários podem postar fotos, textos, links e outros conteúdos, que aparecem para os seus contatos em ordem cronológica, que podem ser curtidos, comentados e compartilhados.
Com navegação similar ao Facebook e Instagram no passado, a novidade traz um diferencial: é paga. O acesso gratuito vitalício é limitado ao primeiro milhão de usuários que fizeram o download do app.
Embora criado em 2015, o Vero deslanchou esta semana e ocupou o topo da AppleStore como aplicativo mais baixado. Com o número inusitado de novas inscrições, os servidores da plataforma não conseguiram dar conta do recado, o que já desagradou muitos curiosos interessados no app.
Polêmicas
A novidade, no entanto, já enfrenta uma polêmica sobre o cofundador, Ayman Hariri. Filho do bilionário ex-Ministro Libanês Rafic Hariri, Ayman era presidente da construtora Saudi Oger, empresa fechada em 2017 com US$ 3,5 bilhões em dívidas. O encerramento das atividades gerou milhares desempregados, muitos sem pagamento, além de série de acusações de abandono e maus-tratos com funcionários migrantes.
Foi criada então uma campanha de boicote ao Vero, com a hashtag #DeleteVero. Para os usuários já cadastrados, a surpresa foi a dificuldade em cancelar a conta, com etapas confusas e burocráticas. A única opção é enviar uma solicitação diretamente ao suporte da empresa.
Muitos também questionaram os Termos de Serviço do Vero sobre a transparência do app em relação aos direitos autorais sobre o conteúdo publicado pelos usuários.
A grande dúvida é: será que o Vero sobrevive às polêmicas, ou cairá no esquecimento, como Ello e Peach?
- * Com informações do El País, Olhar Digital e Tecmundo