Posts pagos chamam a atenção, mas podem acabar com a confiança do consumidor

Tendência (ruim) na Internet, uma verdadeira multidão de pessoas são pagas para inundar sites e blogs com postagens e comentários, principalmente, publicitários. Mas, pesquisadores afirmam, essas pessoas estão degradando a qualidade da informação na web.

Em geral, esses autores de comentários pagos (posters) são contratados por empresas de relações públicas e publicidade para inserir conteúdo em sites.Utilizar esses posters é uma forma de controlar a publicidade boca-a-boca sobre o que quer que estejam querendo vender.

“Se uma companhia contrata internautas o suficiente, ela pode criar tópicos quentes e de tendência para conseguir popularidade”, escreveram os pesquisadores Cheng Chen, Kui Wu, Venkatesh, Srinivasan, e Xudong Zhang. “Além disso, os comentários ou opiniões de um grupo de posters provavelmente vão capturar a atenção de usuários comuns e influenciar suas decisões.” Mas o que é bom para os publicitários nem sempre o é bom os consumidores.

Exemplo:

E se duas empresas concorrentes resolverem contratar internautas para publicarem notícias falsas ou comentários negativos sobre a outra? Em quem os usuários podem confiar? Qual a informação mais correta?

Para ilustrar isso, os pesquisadores citaram um caso em que uma mensagem aparentemente insana foi postada em um fórum do game “World of Warcraft” na China. “Junpeng Jia, sua mãe pediu para você voltar para casa para o jantar!”, dizia a mensagem.

Em dois dias, a mensagem registrou mais de 300 mil respostas e sete milhões de cliques. Depois, foi revelado que uma empresa de relações públicas estava por trás do alto tráfego – ela queria manter o interesse no site enquanto ele estava fora do ar para manutenção. Por isso, contratou 800 posters, que usaram 20 mil identidades, para criar a ilusão de atividades significativas acontecendo por lá.

Apesar de os pesquisadores terem focado sua atenção na China, essas técnicas de posts pagos são usadas no mundo todo. O exército dos EUA, por exemplo, tem trabalhado em softwares para automatizar o processo de criar exércitos “falsos” para invadir redes sociais e fóruns online e reunir informações sobre terroristas e suas organizações, além de tentar gerar uma opinião positiva a respeito dos americanos.

Fonte: http://idgnow.uol.com.br/