Viralizar de propósito: é possível?

“Precisamos viralizar essa campanha!” Impossível trabalhar em uma agência hoje em dia e não receber esse pedido de um cliente. Mas existe uma receita para criar um viral? Um passo a passo não existe, mas vários elementos estão presentes em várias peças e campanhas que ganharam a rede.

1 – Não seja neutro

Virais costumam ter uma carga emocional. Tentar agradar a todos só vai deixar a peça com um tom artificial e não vai conseguir o engajamento de um público específico, que no caso, seriam os polinizadores da peça.
O comediante Rafinha Bastos é famoso por não ter limites em suas piadas. Optar pelo insulto fez com que ele fosse amado e odiado por milhares de pessoas o que faz com que seu conteúdo seja muito compartilhado. O vídeo que faz referências à piada que causou sua saída da Rede Bandeirantes teve mais de 1,4 milhão de views.

2 – Faça algo imprevisível

Se você quer ser notado, faça algo imprevisível. Por exemplo a série “Will It Blend”, produzido pela marca de liquidificadores Blendtec, fez com que a marca tivesse mais de 180 milhões de visualizações no seu canal.

O vídeo em que o CEO da Blendtec, Tom Dickson, destrói um novíssimo iPhone 4S teve mais de um milhão de views em menos de 15 dias.

3 – Não deixe o conteúdo com cara de propaganda

Evite gritar o nome de sua marca ou de seu produto. Prefira fazer algo interessante porque não, o público não quer ouvir sobre a Missão e os Valores de sua empresa.

4 – Faça uma campanha contínua

Pense bem o conteúdo de sua campanha para que não seja apenas um viralzinho de 5 minutos.
Por exemplo, a Coca-Cola, produziu vídeos da série Happines por todo o mundo. Ao assistir uma das peças, vários outros são automaticamente sugeridos pelo YouTube.

5 – Permita e Promova o compartilhamento

Não dificulte o compartilhamento! As campanhas devem ser mais amigáveis ao Facebook, Twitter, Blogs e ao Orkut (porque não?), compartilhar material por messengers ou e-mail está cada vez mais difícil.

6 – Una sua audiência com comentários

O diálogo é uma parte muito importante da campanha viral, tão necessário quanto o compartilhamento. Por exemplo a campanha do desodorante Old Spice nos Estados Unidos. Diversos vídeos da campanha foram feitos a partir de conversas nas mídias sociais.

7 – Nunca restrinja acesso à sua campanha

Obrigar que as pessoas se registrem pode ser ótimo para o ROI, ou seja, mensurar quantos usuários assistiram ou participaram de sua campanha, mas por outro lado uma grande parcela de possíveis espectadores (consumidores?) desiste de participar de ações quando tem que dar permissões, fazer login, ou pior: se registrar através de um formulário.
Algumas vezes a permissão é necessária, como no viral “I Dare You” que utiliza publicações do Facebook do usuário para criar um vídeo de suspense.

Virais forçados:
Uma forma de forçar um viral é pagando. Por exemplo a campanha “Pôneis Malditos” da Nissan que apareceu tanto no YouTube que começou a incomodar a audiência do site. Diversas campanhas de instituições bancárias interrompem a reprodução de vídeos no YouTube e só geram um desagrado aos usuários do site.
Fonte: ResultsOn